30/11/2009

José Roberto Arruda mentindo e admitindo novamente

Enviado por: Anjocaco

"Fica provado pela enésima vez que o povo brasileiro tem memória curta."
Governador José Roberto Arruda - Escândalo de corrupção Caixa de Pandora
Origem do texto abaixo: Wikipédia, a enciclopédia livre.
No dia 27 de novembro de 2009, a Polícia Federal executou a operação Caixa de Pandora, com o cumprimento de mandatos de busca e apreensão na residência oficial do governador José Roberto Arruda, em secretarias do governo e em gabinetes de deputados na Câmara Legislativa. Foram apreendidos computadores, mídias e documentos, além de US$ 30 mil, € 5 mil e R$ 700 mil. No mesmo dia, o governador exonerou os envolvidos nas investigações, além de ter especulado que o desvio de recursos e a corrupção possam ter existido desde o governo anterior, de Joaquim Roriz. A OAB cogita pedir o impeachment de Arruda.
Segundo reportagens, Arruda comandava a rede de pagamentos a parlamentares do Distrito Federal, com dinheiro oriundo de empresas que faziam negócios com o governo. Quatro empresas são suspeitas de efetuar repasses: Info Educacional, Vertax, Adler e Linknet. Além disso, ele teria conhecimento de pagamentos a colaboradores próximos, como os secretários de Relações Institucionais, Durval Barbosa, de Educação, José Luiz Valente, o chefe de gabinete, Fábio Simão, o assessor de imprensa, Omézio Pontes, e o chefe da Casa Civil do governo, José Geraldo Maciel; outro participante do esquema teria sido o secretário Domingos Lamoglia. Lamoglia saiu do governo, indicado para o Tribunal de Contas do DF, e está sendo investigado também por corrupção no governo de Joaquim Roriz. Durval Barbosa, que foi secretário de Roriz e confirmou que a rede de corrupção foi montada no governo anterior, colaborou com as investigações policiais, e poderá ser beneficiado pela delação premiada e pelo programa brasileiro de proteção às testemunhas.
Os deputados suspeitos de serem beneficiários do esquema são Leonardo Prudente, Rogério Ulysses, Eurides Brito e Pedro do Ovo. Arruda teria também se beneficiado pessoalmente, com pagamentos quinzenais de R$ 50 mil, além de conseguir empregos para parentes e amigos, como seu filho, nas empresas do esquema, e de ter o apoio da empresa pública Codeplan com contribuições eleitorais e na construção de uma casa luxuosa em Brasília para si e políticos aliados, entre os quais o vice-governador, Paulo Octávio. Um vídeo foi divulgado no qual Arruda aparece recebendo maços de dinheiro,quando ainda era candidatato em 2006.





Origem do texto abaixo: luizeduardobraga

Violação do painel do Senado

O então senador Luiz Estevão (PMDB) rivalizava com o então senador José Roberto Arruda (PSDB) na política do DF e tinha antipatia do hoje finado senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) desde a morte do seu filho, o deputado Luís Eduardo Magalhães.
Acusado de desviar verbas públicas, Luiz Estevão foi julgado e cassado pelo Senado Federal em 28 de junho de 2000 com 52 votos a favor, 18 votos contrários e 10 abstenções. Na época Arruda era líder do governo FHC e ACM presidente do Senado.
Na véspera da votação, a diretora do Prodasen, setor de informática do Senado Federal, Dra. Regina Célia Borges, foi ao apartamento do senador Arruda, que queria lhe fazer uma consulta pessoalmente. No encontro, Arruda pergunta se era possível saber o voto de cada senador na votação supostamente secreta que ocorreria no dia seguinte. Regina Borges nega esta possibilidade, mas depois de consultar outro técnico, Heitor Ledur, descobre ser possível.
No dia seguinte, a votação ocorre normalmente, de forma nominal pelo painel do Senado Federal. O técnico Heitor Ledur retira a lista com o nome de todos os senadores e como cada um votou.
A Dra. Regina Célia entrega a lista a Domingos Lamoglia, assessor do gabinete de Arruda, que a entrega ao chefe. De posse da lista, Arruda vai ao gabinete de ACM, onde conferem os votos e o cumprimento dos acordos feitos para viabilizar a cassação.
Meses depois, no dia 19 de fevereiro de 2001, Antônio Carlos Magalhães resolve visitar três procuradores, Eliana Torelly, Guilherme Schelb e Luiz Francisco de Souza. Este último gravou a conversa. Sem saber que estava sendo gravado, ACM afirma que a senadora Heloísa Helena teria votado contra a cassação de Luiz Estevão e que sabia como cada senador votara.
A conversa é publicada pela revista IstoÉ na semana seguinte e o escândalo torna-se inevitável.
No dia 18 de abril daquele ano, logo depois de ser envolvido no escândalo, Arruda sobe à tribuna para negar com veemência qualquer participação ou conhecimento sobre a fraude. "Chega de leviandade!", brada. Fala em honra, em seus filhos e em Deus. Depois do discurso ele comenta, "matei a pau", achando que o caso logo se encerraria e ele sairia ileso.
No dia seguinte, 19, Regina Célia Borges presta depoimento ao Conselho de Ética transmitido ao vivo pela TV Senado. Regina confessa a culpa pela violação e confirma que obteve a lista dos votos a pedido de Arruda e por ordem de ACM. "Tenho plena consciência do futuro que me espera. Meu único caminho agora é falar apenas a verdade", disse.
Mesmo sem mostrar qualquer prova, a ex-diretora do Prodasen convence a todos de que fala a verdade. "Se essa mulher estiver mentindo, é a melhor atriz do mundo", afirmou o senador Amir Lando, do PMDB de Rondônia, logo depois o depoimento de Regina.
Arruda volta à tribuna no dia 23 de abril e confessa sua participação. Chora, se faz de vítima e tentar mostra o acontecimento como uma simples falha de comunicação. Disse que apenas perguntou se seria possível, mas não ordenou a tiragem da lista.
O conselho de ética aprovou relatório do senador Roberto Saturnino Braga por 10 a 5 pedindo a cassação dos mandatos de ambos os senadores no dia 23 de maio. No dia seguinte, 24, Arruda renuncia ao mandato para fugir da cassação.
Pelas regras atuais, como o pedido de cassação já havia sido aprovado no conselho de ética, a renúncia faria ele perder os direitos políticos por oito anos começando a contar do fim da legislatura, isto é, até hoje ele não poderia concorrer a eleições.

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FORA, ARRUDA!

"Arruda usará Imprensa para se defender".
"De dedo em riste", Observatório da Imprensa.
"ACM culpa Arruda, mas não convence colegas", Diário Popular.
"PF faz busca em gabinetes de quatro deputados do DF", R7.
"PF apreende R$ 700 mil em operação no DF", R7.
"Arruda demite secretário que ajudou PF em investigações", R7.
OAB estuda pedir impeachment de governador do DF por esquema de propina
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Imagens mostram Arruda recebendo dinheiro, quando ainda era candidato

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